sábado, 13 de julho de 2019

PIRAMBU TEM R$ 246 MILHÕES EM PODER DE COMPRA


Segundo levantamento da Outdoor Social, empresa voltada para classes populares, o nosso querido bairro Pirambu cresceu 37,2% o seu poder de compra nos anos de 2016 á 2018. As Famílias do Pirambu movimentaram R$ 246 milhões em 2018 frente a R$ 180 milhões em 2016, mostrando claramente o aumento no consumo muito positivo para região. Lembrando que todo esse crescimento aconteceu mesmo enfrentando o efeito da crise que começou em 2014 e veio tendo seus efeitos até o final de 2018, entrando em 2019 com a inflação mais controlada com menores taxas de inflação já registradas. Porém continuamos ainda em estagnação econômica com previsão de crescimento somente de 0,81% para 2019 de acordo com o governo. Quem sabe com tanto otimismo para aprovar às reformas estruturantes do governo, o Brasil volte a crescer.
       


     Mesmo com os reflexos da crise econômica dos últimos anos, o mercado consumidor das periferias está crescendo em todo o País, inclusive em Fortaleza. Segmentos como o de alimentação no domicílio, material de construção, vestuário, higiene pessoal e medicamentos são os mais expressivos no bairro Pirambu.

Consumo alimentação 

Diante dos impactos da recessão, o Pirambu consegue manter um comércio dinâmico e ativo, mesmo com limitações sociais e econômicas dos moradores. No bairro, predominam estabelecimentos comerciais, como supermercados, salões de beleza, farmácias, lojas de material de construção, de roupas, de calçados e de itens de beleza. Segundo o levantamento da Out-door Social, 21,09% do potencial de consumo são referentes ao segmento de alimentação no domicílio, cujo impacto na economia local foi de mais de R$ 124 milhões no ano passado.

Pirambu

Além disso, grande parte desse consumidor gasta para o consumo em casa, como revela a pesquisa. “O público de baixa renda procura mesmo a alimentação no domicílio porque é muito mais econômico. Se você passa para a classe média, certamente a primeira coisa que você sacrifica é o lazer, e aí tem o restaurante. Esse é o primeiro item que sofre na crise econômica. Aqui mesmo em Fortaleza, tem estabelecimentos fechando as portas porque a demanda por este tipo de serviço caiu com a crise”, avalia. 

Ainda de acordo com o levantamento, outro segmento de bastante relevância no Pirambu são as lojas de material de construção. Com espaço de crescimento cada vez maior, este tipo de estabelecimento gerou na comunidade, no último ano, mais de R$ 29 milhões, com uma representatividade que chega a quase 5% do total. Já os segmentos de vestuário, higiene e cuidados pessoais movimentam anualmente R$22 milhões e R$19 milhões na comunidade, respectivamente. Os dois representam mais de 7% do total.

“Isso deve gerar um impacto muito grande no comércio local, nos pequenos estabelecimentos, e gera um efeito de renda muito localizado. Certamente, é um mercado de consumo que tem um potencial muito grande de expansão e dinamismo, mas que está muito atrelado à economia. Se a economia estiver indo bem, esse mercado se expande mais, e o consumo aumenta, gera mais renda. Mas se a economia não tiver indo bem, gera imediatamente uma forte retração”.

Para o professor da UFC, estes são segmentos que possuem muita representatividade no comércio local e movimentam a economia do Pirambu com lojas de familiares e de pessoas que vivem há anos no bairro. “Sem dúvida, é um mercado dinâmico, que está mudando muito. O tipo de consumo está mudando também, mas ainda assim é muito afetado pela crise econômica porque quando o emprego diminui, quem mais sofre são os indivíduos que têm menos qualificação, e geralmente esse tipo de perfil que a pesquisa está estudando está muito ligado à baixa qualificação e tem dificuldade de voltar ao mercado de trabalho com as mesmas condições que tinham anteriormente”, comenta.





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